Navegando por Autor "TOMAZ, CAMILA DA SILVA ROCHA"
Agora exibindo 1 - 1 de 1
Resultados por página
Opções de Ordenação
Item A RELAÇÃO ENTRE A FUNÇÃO CARDÍACA, ÍNDICE BODE E PERFIL FUNCIONAL EM PACIENTES COM DOENÇA PULMONAR OBSTRUTIVA CRÔNICA EM FASE DE EXACERBAÇÃO DA DOENÇA(Unicep, 2018-12-21) TOMAZ, CAMILA DA SILVA ROCHAA doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) ocupa o 5º lugar dentre as principais causas de morte no mundo. Esta cursa com declínio da capacidade funcional, qualidade de vida, bem como de outras funções orgânicas como a função cardíaca, sendo que os períodos de exacerbação podem resultar em prejuízos ainda mais significativos a esta população. Adicionalmente, o índice de BODE que envolve a avaliação multidimensional do paciente com DPOC tem sido amplamente utilizado para melhor categorizar a doença e predizer desfechos clínicos. No entanto, ainda não há informação sobre a relação entre a função cardíaca, índice BODE, bem como com estado geral de saúde e capacidade funcional de pacientes com DPOC na fase de exacerbação. Objetivo: O presente estudo teve por objetivo verificar se há associação entre a função cardíaca o índice de BODE, a capacidade funcional e o estado geral de saúde em pacientes com DPOC em fase de exacerbação. Métodos: A amostra foi composta por 14 pacientes de ambos os gêneros (66,07±9,25 anos), com diagnóstico de DPOC, hospitalizados para tratamento da exacerbação da doença. Foi aplicado o questionário COPD Assessment Test (CAT) para avaliar o estado geral de saúde nas primeiras 24-48 horas de internação. O índice BODE foi calculado utilizando as variáveis volume expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) obtido pela espirometria, distância percorrida no teste de caminhada de seis minutos (DPTC6), escala mMRC para dispneia e o índice de massa corpórea (IMC). A DPTC6 foi obtida pelo teste de caminhada de 6 minutos (TC6) 72h após início da terapia padrão para exacerbação. A espirometria e o ecocardiograma foram realizados após o período agudo da exacerbação para confirmar o diagnóstico e gravidade da DPOC e verificar a função cardíaca sistólica e diastólica. A função cardíaca foi avaliada, o diâmetro diastólico do ventrículo esquerdo (DDVE), diâmetro sistólico do ventrículo esquerdo (DSVE), espessura da parede posterior (PP), diâmetro do átrio esquerdo (AE) e diâmetro da aorta (AO). A função sistólica foi avaliada pela fração de ejeção do VE e a função diastólica pela relação E/A, (representando a relação entre fase de enchimento rápido (E) e contração atrial (A), E/e’, (pressão de enchimento ventricular), diâmetro e volume do AE e Doppler tecidual mitral. O teste de correlação de Pearson e Spearman foram utilizados para verificar associação entre as variáveis, com nível de significância de 5% (p<0,05). Resultados: Não foram observadas associações significativas na análise de correlação entre o índice multidimensional de BODE e estado geral de saúde (CAT) com as variáveis da função cardíaca. Entretanto, interessantemente foi observada correlação positiva e significativa entre a DPTC6, um item isolado na composição do índice BODE, com a variável E/A (r= 0,59, p= 0,02). Outras tendências a significância foram observadas nas análises entre as variáveis DPTC6 com PP (r= -0,49, p= 0,07), e a variável IMC com E/e' (r= -0,51, p= 0,06). Conclusão: Há associação entre a capacidade funcional e a função diastólica de pacientes com DPOC exacerbados. Futuros estudos deverão ser conduzidos com maior número amostral.