AVALIAÇÃO RESPIRATÓRIA EM OBESOS
Data
2019-12-21
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Editor
Unicep
Resumo
A obesidade reduz a expansibilidade toraco-abdominal, levando a alterações na função pulmonar, podendo afetar o desempenho dos músculos respiratórios, como o diafragma que se encontra elevado, gerando aumento no trabalho mecânico dos músculos respiratórios com maior gasto energético podendo interferir na qualidade de vida destes indivíduos, desta forma se faz necessário uma avaliação respiratória levando-se em consideração a classificação da OMS baseada no cálculo do índice de massa corporal (IMC). O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade de vida, risco cardiovascular e se existem alterações respiratórias de acordo com as classes I, II e III de obesidade. Os dados deste estudo foram obtidos durante o evento Saúde nas Estradas, parceria Centro Universitário Paulista (UNICEP) e Centrovias (Grupo OHL), no período compreendido entre 2011 e 2012. Este estudo foi aprovado pelo Comitê de Ética e Pesquisa do UNICEP, protocolo no. 3.296.349. Foram incluídos voluntários que possuíam IMC acima ou igual a 30 kg/m2, sem presença de doenças respiratórias, os quais foram submetidos a avaliação da permeabilidade das vias aéreas, força muscular inspiratória e expiratória máximas, questionado sobre a qualidade de vida utilizando o questionário WHOQOL-bref e realizado a perimetria da cintura/quadril. A amostra final foi constituída por 152 fichas selecionadas, sendo 9 mulheres 143 homens. A maioria dos indivíduos com idade de 23 a 78 anos, media e desvio-padrão da idade de 41,9 ± 10,8 anos, no qual 48 realizavam atividade física. Obteve-se como resultado que a maioria dos indivíduos pertenciam a classe I de obesidade, representando 76% da amostra (IMC ≥ 30
-35 kg/m²) e a minoria da classe III (11 obesos, 7,2%). Quando se comparou as classes não foram observadas diferenças estatisticamente significativas para a permeabilidade das vias aéreas e força muscular respiratória, além disso, os domínios e a pontuação total do questionário de qualidade de vida WHOQOL-Bref não apresentaram diferenças significativas com relação às classes I, II e III. Desta forma, sugere-se que não existem alterações no comportamento das variáveis respiratórias e qualidade de vida de acordo com a classificação de obesidade.
Descrição
Obesity reduces thoracoabdominal expansibility, leading to changes in lung function, which may affect the performance of respiratory muscles, such as the elevated diaphragm, increasing the mechanical work of the respiratory muscles with higher energy expenditure and may interfere with quality of life. Therefore, a respiratory assessment is necessary, taking into account the WHO classification based on the calculation of body mass index (BMI). The aim of the present study was to evaluate quality of life, cardiovascular risk and whether there are respiratory changes according to obesity classes I, II and III. The data from this study were obtained during the Health in the Roads event, partnership Paulista University Center (UNICEP) and Centrovias (OHL Group), from 2011 to 2012. This study was approved by the UNICEP Research Ethics Committee, protocol no. . 3,296,349. Volunteers with BMI above or equal to 30 kg / m2, without respiratory diseases, who underwent maximum airway permeability, inspiratory and expiratory muscle strength, were asked about their quality of life using the WHOQOL questionnaire. -bref is performed waist / hip perimeter. The final sample consisted of 152 selected records, 9 women 143 men. Most individuals aged 23 to 78 years, mean age and standard deviation of 41.9 ± 10.8 years, in which 48 performed physical activity. As a result, most individuals belonged to obesity class I, representing 76% of the sample (BMI ≥ 30-35 kg / m²) and the class III minority (11 obese, 7.2%). When comparing the classes, no statistically significant differences were observed for airway permeability and respiratory muscle strength. Moreover, the domains and the total score of the WHOQOL- Bref quality of life questionnaire did not present significant differences in relation to classes I, II and III. Thus, it is suggested that there are no changes in the behavior of respiratory variables and quality of life according to the obesity classification.