TOLERÂNCIA AOS ESFORÇOS FÍSICOS, SINTOMATOLOGIA DA DOENÇA E DA LIMITAÇÃO NAS ATIVIDADES DE VIDA DIÁRIAS DE PACIENTES COM DPOC
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Data
2018-12-21
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Unicep
Resumo
A Doença Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC) é definida por uma obstrução parcialmente reversível das vias aéreas, com consequente limitação ao fluxo aéreo e dispneia. Além disso, tosse, sibilância, produção de secreção, infecções respiratórias de repetição, descondicionamento físico, fraqueza muscular, perda de peso e desnutrição são frequentemente observadas. Visto isso, o tratamento fisioterapêutico tem um papel importante no acompanhamento dos pacientes com DPOC, o qual visa proporcionar aumento da tolerância aos esforços físicos, reduzir a sintomatologia da doença, bem como as limitações na execução das atividades da vida diária (AVD), o que tende a melhorar a qualidade de vida dos mesmos. Objetivos: avaliar a eficácia do tratamento fisioterapêutico quanto a tolerância aos esforços físicos, sintomatologia da doença e a limitação das AVD de pacientes com DPOC, bem como analisar se as mesmas se relacionam. Métodos: Foram convidados a participar do estudo nove pacientes com diagnóstico clínico de DPOC, os quais realizam tratamento fisioterapêutico na Clínica Escola de Fisioterapia, sendo que sete pacientes finalizaram o estudo. Os pacientes foram avaliados por meio do Teste de Caminhada de Seis Minutos (TC6), questionário COPD Assessment Test (CAT) e escala London Chest Activity of Daily Living (LCADL) pré e pós intervenção fisioterapêutica. Para análise estatística foi aplicado o teste de Wilcoxon comparando as situações pré e pós intervenção e o teste de Spearman para correlacionar a distância percorrida no TC6, CAT e LCADL. O nível de significância adotado foi de p<0,05. Resultados: Com o presente estudo não foi observada alteração significativa da tolerância aos esforços físicos, sintomatologia da DPOC e limitação nas AVD ao comparar o pré e pós intervenção. Quanto a correlação, não foi observado valor estatisticamente significativo entre distância percorrida no TC6 com o CAT (p: 0,49; r: 0,21), bem como com a escala LCADL (p: 0,40; r: 0,25). No entanto, ao relacionar o CAT com o escore total da escala LCADL observou-se uma forte correlação (p: 0,0002; r: 0,85). Conclusão: Pode-se observar não haver alterações significativas com a intervenção fisioterapêutica no que refere-se a tolerância aos esforços físicos, sintomatologia da DPOC e limitações nas AVD de pacientes com DPOC. Apesar disso, pode se verificar que estes instrumentos, por serem simples e de fácil execução, caracterizam-se como um método adicional importante para a avaliação fisioterapêutica e acompanhamento de pacientes com DPOC. Além disso, pode-se constatar que estes instrumentos são viáveis para serem utilizados como rotina na Clínica de Fisioterapia do UNICEP, podendo ser implantados nos protocolos de avaliação respiratória. Cabe ainda ressaltar que existe relação significativa do impacto da doença com a limitação das AVD de pacientes com DPOC.
Descrição
Chronic Obstructive Pulmonary Disease (COPD) is defined by a partially reversible obstruction of the airways, with consequent limitation to airflow and dyspnea. In addition, coughing, wheezing, secretion production, repetitive respiratory infections, physical deconditioning, muscle weakness, weight loss and malnutrition are often observed. In view of this, physiotherapeutic treatment plays an important role in the follow-up of patients with COPD, which aims to increase tolerance to physical efforts, reduce the symptomatology of the disease, as well as limitations in carrying out activities of daily living (ADL), which tends to improve their quality of life. Objectives: To evaluate the efficacy of physical therapy in terms of tolerance to physical exertion, symptomatology of the disease and limitation of ADL in patients with COPD, as well as to analyze if they relate. Methods: Nine patients with a clinical diagnosis of COPD were invited to participate in the study, who underwent physiotherapeutic treatment at the Clinical School of Physiotherapy, and seven patients completed the study. Patients were evaluated using the Six-Minute Walk Test (TC6), COPD Assessment Test (CAT), and London Chest Activity of Daily Living (LCADL) before and after physical therapy intervention. For statistical analysis, the Wilcoxon test comparing the pre and post intervention situations and the Spearman test were applied to correlate the distance covered in the 6MWT, CAT and LCADL. The level of significance was set at p <0.05. Results: The present study did not observe a significant alteration in the tolerance to physical exertion, symptomatology of COPD and limitation in ADL when comparing pre and post intervention. Regarding the correlation, there was no statistically significant difference between the distance walked on the 6MWT with CAT (p: 0.49; r: 0.21), as well as with the LCADL scale (p: 0.40; r: 0.25 ). However, when CAT was related to the total LCADL score, a strong correlation was observed (p: 0.0002; r: 0.85). Conclusion: It can be observed that there are no significant changes with the physiotherapeutic intervention regarding tolerance to physical exertion, symptoms of COPD and limitations in ADL of patients with COPD. Despite this, it can be verified that these instruments, being simple and easy to perform, are characterized as an important additional method for the physical therapy evaluation and follow-up of patients with COPD. In addition, it can be seen that these instruments are feasible to be used routinely in the Clinic of Physiotherapy of the UNICEP, and can be implanted in the protocols of respiratory evaluation. It should also be noted that there is a significant relationship between the impact of the disease and the limitation of the ADL of patients with COPD.