ESTUDOS DO CONFORTO TÉRMICO DO AT 7 DO CAMPUS DA UFSCAR DE SÃO CARLOS (SP)
Data
2021-12-21
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Unicep
Resumo
Análise do conforto térmico são desejáveis para avaliar as condições climáticas no interior de edifícios que sejam propícios às atividades humanas. Em condições inadequadas de temperatura, umidade relativa e qualidade do ar, o corpo humano sofre uma sobrecarga metabólica que impacta na sua perda de produtividade, no afastamento frequente dos seus usuários devido aos problemas de saúde e outros. Nesta situação, é desejável o uso de técnicas passivas de climatização, tais como o uso da ventilação natural e na escolha adequada dos materiais e cores dos fechamentos. Porém pouca ênfase é dada a estes temas na fase conceitual de projeto ou durante as reformas da construção, sendo necessário posteriormente, o emprego de sistemas de climatização artificiais, que se traduzem num elevado gasto energético destes edifícios. Como exemplo, têm-se o bloco de aulas AT-7 localizado no campus da UFSCar de São Carlos. Verifica-se que em seu projeto inicial, foram utilizadas diversas técnicas bioclimáticas como paredes externas com maior espessura, maiores fachadas voltadas para norte e sul, no emprego de tonalidades claras e uso da ventilação cruzada. Posteriormente, após a última reforma, as cores foram modificadas e houve uma diminuição das áreas disponíveis para a ventilação natural. Este trabalho teve como objetivo analisar as condições de conforto térmico das salas de aulas do edifício AT-7 antes e após as reformas, através de simulação computacional com o programa EnergyPlus. Os resultados mostram que ocorreu uma queda na qualidade do conforto térmico dos ambientes, principalmente, das salas presentes no primeiro e segundo pavimento pelo decréscimo da ventilação natural. Entretanto, ressalta-se que a edificação ainda teria um mesmo nível de etiqueta nível “B” segundo metodologia proposta pelo RTQ-C em ambos os casos sendo o Equivalente numérico final devido à ventilação natural de 3,97 e 3,61 para a situação anterior e posterior à reforma, respectivamente. Dentre as modificações realizadas, quando analisadas de forma separadas, a mudança da pintura externa ocasionou uma piora do conforto térmico maior do que as obstruções dos cobogós para as salas do térreo. Contudo, para o primeiro e segundo pavimento, o efeito da redução da ventilação natural teve maior impacto no conforto devido a um aumento das horas devido ao calor.